sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pilates x músculos abdominais (Artigo)



A eficiência do pilates no fortalecimento dos músculos abdominais – revisão sistemática

The efficiency of Pilates to strengthen abdominal muscles - systematic review



Pricilla Oggioni Silva (1, 2)
Orientadora: Ms. Rafaela Liberali (1)
Esp. Ticiane Marcondes Fonseca da Cruz (1)
Esp. Maria Ines Artaxo Netto (1)

1 – Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Método Pilates: prescrição do exercício físico e saúde

2 - Graduada em Educação Física pela Universidade federal de Viçosa
Belo Horizonte –1364
Data: 18 e 19 de setembro de 2011

RESUMO

A busca pelo corpo perfeito em academias tem aumentado a cada dia, porém a maioria das pessoas espera obter resultado rápido desse corpo ideal por intensos e repetitivos exercícios abdominais, para que se consigam músculos abdominais retos bem definidos. Estudos mostram que boa parte dos exercícios que são praticados durante a atividade física em uma academia não é suficiente para sustentar não só a coluna vertebral como toda a estrutura do corpo humano; além de não trabalhar todos os músculos de forma homogênea, o que pode causar sérios problemas como a lombalgia, o agravamento da escoliose, um assoalho pélvico pouco resistente, sem falar nas fortes dores musculares. Este estudo busca explicar a necessidade de se fortalecer os músculos abdominais retos, oblíquos interno e externo e o músculo transverso pelo método Pilates. Para isso foi feita uma revisão de literatura em artigos e livros que estudam desde a origem do Pilates até as variadas formas obtidas por tal método ao longo do tempo. Essas formas são utilizadas para o fortalecimento dos músculos abdominais. Por fim, ao final da pesquisa percebe-se que o Pilates é fundamental para o fortalecimento dos músculos abominais, pois através dele consegue-se impedir doenças que são causadas pelo enfraquecimento de tais músculos. Além disso, percebe-se que há uma estabilização do corpo e um aumento da qualidade de vida dos praticantes.

Palavras Chaves: Pilates, fortalecimento e músculos abdominais.



ABSTRACT
The search for the perfect body in gymnasium has increased each day, but most people expect to get quick results of the ideal body by intense and repetitive abdominal exercises, so youget straight well-definedabdominal muscle. Studies show that most of the exercises that are practiced during a workout in a gymnasium is not enough to sustain not only the spine as a whole structure of the human body, besides not working all the muscles evenly, which can cause serious problems such as back pain, worsening of scoliosis, pelvic floor a little tough, not to mention the severe muscle aches. This study seeks to explain the need to strengthen the rectus abdominal muscles, external and internal muscles obliques and transversus by the Pilates method. To this was done a literature review of articles and books that have been studying since the origin of Pilates to the various forms obtained by this method over r time. These forms are used to strengthen the abdominal muscles. Finally, at the end of search notices that Pilates is essential for building muscle abhor, because through it can be prevented diseases that are caused by the weakening of these muscle. Also, you realize that there is a stabilization of the body and an improved quality of life for practitioners.

Key – words: Pilates, strength and abdominal muscles.


INTRODUÇÃO

                Nos dias atuais pode-se notar que a sociedade é cada vez mais atingida por doenças que são conhecidas como doenças do século XXI (TIBÚRCIO et al, 2008). Essas doenças são causadas, geralmente, pelo sedentarismo, elevadas horas de trabalho, má postura ou pela prática de exercícios de modo errado.
                A Lombalgia, que é considerada uma das doenças modernas mais enfrentadas pela sociedade, nada mais é do que a famosa dor lombar (KLEINPAUL et. al, 2008, CASTRO et. al, 2010, GOUVEIA e GOUVEIA, 2008) caudada por vícios posturais aliados à fraqueza muscular (MODOLO et. al, 2007). Outro caso bastante comum é o aumento de pacientes portadores da escoliose em clínicas de fisioterapia (RAIOL e RAIOL, 2010), ou seja, pacientes que apresentam um curvamento lateral, tanto para direita como para a esquerda, não fisiológico em relação à linha mediana. Além das doenças citadas acima, observa-se que o número de pacientes com problemas nas musculaturas do assoalho pélvico também vem aumentando nos sexos masculino e feminino (ANDREZZA e SERRA, 2011).
O interesse pelo Pilates vem aumentando a cada dia (PIRES e SÁ, 2005), principalmente, pelas mulheres que buscam uma maior flexibilidade (PÉREZ et. al, 2010, CARVALHO et. al 2009, MIRANDA e MORAIS, 2009), equilíbrio físico (MANN et. al, 2009), fortalecimento dos músculos abdominais (CAGLIARI, 2008, SILVA e MANNRICH, 2009), resistência muscular localizada (FERREIRA, et. al 2007) e sem falar na melhora da qualidade de vida (KOLYNIAKet. al, 2004, MARCHESONIet. al, 2010, ALVES et. al 2009).
Através dessa pesquisa, busca-se demostrar por meio de uma revisão sistemática a necessidade de se fortalecer os músculos abdominais reto, oblíquos interno e externo, transverso, multífido e assoalho pélvico através do método Pilates são de grande relevância, pois além e ser um método bastante eficaz, observou-se que em outras atividades, como as praticadas em academias, não se consegue fortalecer adequadamente tais músculos que são responsáveis pela sustentação do corpo.

METODOLOGIA

Os termos empregados no corpus da pesquisa foram: Pilates, fortalecimento e exercícios abdominais. Foram encontrados vários artigos que atendiam tanto as condições do método pilates, quanto às condições necessárias para a compreensão do fortalecimento dos músculos abdominais.
Para definir quais desses fariam parte da revisão deste estudo, adotou-se como critério a relação que existe entre a prática do Pilates e os trabalhos realizados com os músculos abdominais. Qualquer estudo que se foca em outras atividades que não seja o Pilates para o fortalecimento dos músculos abdominais, foi analisado e àqueles que não iriam contribuir para o engrandecimento desta pesquisa, foi excluído.

Tipo de pesquisa
                Utilizou-se como metodologia a revisão sistemática, que identifica, seleciona e avalia criticamente pesqui­sas consideradas relevantes, para dar suporte teórico-prático para a classificação e análise da pesquisa bibliográfica (LIBERALI, 2011).

Sistema de Busca dos artigos
Realizou-se uma revisão de artigos com estudos publicados no Brasil e em revistas no exterior, livros, dissertações e resumos apresentados em congressos. Os descritores utilizados para a busca dos artigos foram: Pilates e exercícios básicos, intermediários e avançados para o fortalecimento dos músculos abdominais.
Após a leitura dos 37 artigos selecionados, excluiu-se os artigos que priorizavam a atividade física, mas sem especificar qual método seria melhor aplicável. Em seguida, efetuou-se a leitura completa dos 23 estudos pertinentes ao assunto e o fichamento para selecionar as principais ideias discutidas em cada um dos trabalhos.

Critérios de Inclusão dos estudos
Os critérios de inclusão dos artigos, livros, dissertações e resumos foram estudos das atividades utilizadas para se fortalecer os músculos abdominais retos, oblíquos internos e externos, transverso e o assoalho pélvico através do método Pilates.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

                Ao se estudar o Método Pilates e toda sua aplicabilidade, observou-se que sua prática tem sido eficaz para o fortalecimento de todos os músculos do corpo, inclusive dos músculos abdominais, assim como do assoalho pélvico.
                A partir de um estudo detalhado, pôde-se notar que tal método tem sido utilizado no tratamento das dores lombares (KLEINPAUL et. al, 2008, CASTRO et. al, 2010, GOUVEIA e GOUVEIA, 2008), na melhora da flexibilidade (PÉREZ et. al, 2010, CARVALHO et. al 2009, MIRANDA e MORAIS, 2009), no equilíbrio físico (MANN et. al, 2009), para evitar o agravamento da escoliose (RAIOL e RAIOL, 2010), sem falar na satisfação com a própria imagem depois de disciplinados treinamentos (ALVES, et al, 2009) e na melhora da qualidade de vida (KOLYNIAK et. al, 2004, MARCHESONI et. al, 2010, ALVES et. al 2009).
                Através da tabela abaixo, pode-se verificar os autores que se aprofundaram nos estudos sobre o fortalecimento dos músculos abdominais e do assoalho pélvico, as causas e tratamentos para a lombalgia, a influência do método Pilates sobre a resistência de força na flexão de braço e em exercício abdominal,identificar a influência dos exercícios do Pilates sobre a flexibilidade de mulheres, entre outros.


Tabela 1: Estudos de campo
Autor
Objetivo/ Amostra
(n, sexo e idade)
Duração e intervenção/ o que mediu

Resultado
ANDREAZZA e SERRA
Objetivo: verificar se o método Pilates tem in- fluência no fortalecimento do assoalho pélvico.

Amostra: 12 mulheres, sendo 4 participantes de cada grupo. 4 mulheres no grupo I - mulheres que praticavam o método Pilates, 4 no grupo II - mulheres que não praticavam exercício físico e 4 no grupo III - mulheres que praticavam exercício físico.

Intervenção: Dois procedimentos foram utilizados para a realização da pesquisa: primeiro as
voluntárias responderam um questionário para seleção da amostra. O segundo procedimento de pesquisa foi a avaliação do grau de força muscular doassoalho pélvico com o aparelho de biofeedback de pressão Perina. Foi realizado somente um teste com cada mulher.

Mediu: grau de força muscular doassoalho pélvico com o aparelho de biofeedback de pressão Perina da marca Quarck, que temvariação de graduação entre 0 a 12 cm Hg.
1 - Todas as voluntárias atingiram o tempo mínimo de sustentação, não apresentandodiminuição de força muscular no assoalho pélvico.

2 - os grupos de mulheres que praticavam Pilates ou atividade física obtiveram maior força do que o grupo das mulheres que não praticavam atividade física.
KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI (2004)
Objetivo: avaliar o efeito do método Pilatessobre a função de extensores e flexores do tronco.

Amostra: 20 pessoas (16mulheres com idade média de 34,06 ± 7,21; quatro homens comidade média de 33,5 ± 6,68 anos) com habilidade para executar osexercícios do nível intermediário-avançado.
Intervenção: 25 sessões durante 12 semanas.

Mediu: Os voluntários foram submetidos ao teste isocinético de avaliação da flexão e extensão do tronco noinício e ao final do período de treinamento.
1 - A função dos extensores do tronco apresentou aumento em todos os parâmetros analisados.

2 - Com relação aos músculos flexores, foi detectado um discreto aumento para trabalho total (10%, p = 0,0003) e para quantidade total de trabalho (10%, p = 0,002)

3 - Analisando a razão flexor/extensor, em todos os parâmetros, foi detectada redução significativa em relação aosíndices obtidos no pré-treinamento (pico de torque – 24%, p =0,0001; trabalho total – 23%, p = 0,002; potência – 25%, p = 0,01;quantidade total de trabalho – 14%, p = 0,04).
FERREIRA et al (2007)

Objetivo: analisar a influência do método Pilates sobre a resistênciade força na flexão de braço e em exercício abdominalem mulheres submetidas a uma intervençãode nove semanas.

Amostra: 12 voluntárias do sexo femininocom idade entre 25 e 40 anos.
Intervenção: Entre os pré e pós-teste, ogrupo foi submetido a 3 sessões semanais detreinamento de 50 minutos cada com o MétodoPilates.

Mediu: Ogrupo foi submetido a um pré e um pós-teste, havendo um período de nove semanas entre cada uma das avaliações. Os testes realizados foram o de abdominal e flexão de braço.
Foi verificada uma diferençasignificativa entre o pré e o pós-teste (p<0.05), demonstrando assim uma melhora no pós-testeem relação aos valores encontrados no pré-teste.
CAGLIARIet al (2008)
Objetivo: avaliar e comparar os padrões
eletromiográficos de glúteo máximo (GM) e reto abdominal (RA) em 4 variações dos “knee stretch”.

Amostra: 19 sujeitos saudáveis [31±5anos; 60 ± 11kg; 166±9cm], praticantes de Pilates.
Intervenção: o tempo de intervenção não foi apresentado pelos autores.

Mediu: O sinal EMG do GM e RA foi retificado, normalizado pela contração voluntária máxima, e o RMS foi calculado para as fases de extensão e flexão de quadril, durante 4 variações do “knee strech”: pelve em retroversão e tronco em flexão (PRF); pelve em anteversão e tronco em extensão (PAE); pelve neutra e tronco inclinado em
relação ao solo (PNI) e pelve neutra e tronco paralelo aosolo (PNP). Os exercícios foram comparados por meio de ANOVAs 2-fatores para medidas repetidas (2 X 4), seguidas de post-hoc de Tukey (α=0,05).
1 - No exercício PRF (pelve em retroversão e tronco em flexão), em comparação com os demais, houve atividade significativamente maior de GM (glúteo máximo) nas fases de extensão e flexão de quadril e de RA (reto
Abdominal) na fase de flexão de quadril (p<0,05).

2 - No exercício PRF, em comparação com os demais, houve atividade significativamente maior de GM nas fasesde extensão e flexão de quadril e de RA na fase de flexão de quadril (p<0,05).
PÉREZ, CARMONA e RODRÍGUEZ (2010)
Objetivo: determinar qual efeito tem a aplicação do método Pilates utilizando exercícios no chão e a máquina reformista para verificar a flexibilidade, força e resistência muscular.

Amostra: 28 participantes (24 mulheres e 4 homens).  Suas idades vão desde os 23 anos até os 53, sendo que a média de idade é de 43,8 anos.
Intervenção: o trabalho foi realizado nos meses de setembro, dezembro e junho, respectivamente.

Mediu: aforça muscular foi medida através da dinamometria manual e podal. A resistência muscular foi medida através do teste de flexões de braços, cuja variação de medida foi o número de repetições e a flexibilidade foi medida através do teste sit and reach. A variação de medida foi em cm.
Força muscular: ao se referir a força muscular, não foi encontrado qualquer estudo que forneça informações sobre o seu comportamento com a prática do Pilates e os resultados obtidos não podem ser comprovados com a bibliografia existente.
Resistência: as medidas dos diferentes grupos em diferentes momentos de avaliação mostram como há um aumento no número de flexões realizadas no final da aplicação do tratamento com o método Pilates.

Flexibilidade: quanto a flexibilidade, observa-se que há uma melhora nos 3grupos.
CARVALHO et al (2009)
Objetivo: identificar a influência dos exercí- cios do Pilates sobre a flexibilidade de mulhe- res.

Amostra: trinta sujeitos voluntários, selecionados aleatoriamente, do gênero feminino, sau- dáveis, com idade mínima de vinte e cinco e máxima de sessenta e oito anos, praticantes do método, regularmente, por no mínimo seis meses.
Intervenção: A aula teve duração média de sessenta minutos. Cada exercício foi realizado de dez a doze repetições.

Mediu: As voluntárias foram submetidas a uma avaliação da flexibilidade, pós-realização da aula de Pilates, a partir do Flexiteste adaptado.
1- verificou-se um desempenho significativo (p ≤ ou = 0,05) intragrupos, com flexibilidade excelente, acima da média, na média e abaixo da média.

2 - na análise intergrupos demonstrou significância apenas na flexibilidade de tronco com p= 0,05.

3 - O método Pilates mostrou-se eficaz no incremento de flexibilidade de tronco, principalmente, de mulheres idosas.

ALVES et al (2009)
Objetivo: analisar o perfil antropométrico de praticantes de Pilates, através do Índice de Massa Corporal (IMC), porcentagem de gordura e relacionar com a auto percepção da imagem corporal.

Amostra: 6 mulheres de um clube localizado na cidade de SP. A média de idade encontrada foi de 44,8 ± 13,2 anos; estatura média de 164,7 ± 6,1 cm; e peso médio de 66,6 ± 11 kg. A prevalência de excesso de peso entre as mulheres estudadas foi de 50% e o IMC médio foi de 24,58 ± 4,3 kg/m². A média da CA observada foi de 86,6 ± 7,1 cm e a porcentagem de insatisfação com a imagem corporal foi de 100%.
Intervenção: o atendendo foi realizado com um participante por vez.

Mediu: peso, estatura, circunferência abdominal (CA), dobra cutânea do bíceps (DCB), dobra cutânea do tríceps (DCT), dobra cutânea subescapular (DCSE) e dobra cutânea supra ilíaca (DCSI). A partir desses dados calculou-se o IMC e a porcentagem de gordura.
1 - A maioria das mulheres praticantes de Pilates apresenta–se com excesso de peso e percentual de gordura acima do recomendado.

2- Esses valores podem ser relacionados ao alto índice de insatisfação com a imagem corporal relatado por essas mulheres, já que buscam a magreza como ideal de beleza e este fator pode ter sido determinante para iniciar a prática de atividade física.
PAIXÃO, JUNIOR e NUNES (2009)
Objetivo: Foram coletados os seguintes dados: peso (P), estatura (E), circunferência abdominal (CA) e as dobras cutâneas do bíceps (DCB), tríceps (DCT), subescapular (DCSE) e supra ilíaca (DCSI).

Amostra: 24 mulheres, com idade média de 19,4 ± 1,5 anos, fisicamente ativas.
Intervenção: todo teste foi realizado no mesmo dia com cada paciente.

Mediu: foram medidos a massa corporal, os perímetros da cintura e do quadril, resistência/força abdominal. As voluntárias posicionaram-se em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados 90º e com os pés fixos no solo. Os braços foram cruzados sobre o peito e na posição de flexão máxima os cotovelos deveriam tocar os joelhos.
Os resultados encontrados indicaram a fraca correlação entre ICQ e TAD (r = 0,13), sugerindo que a quantidade de gordura localizada na região abdominal, ao menos na amostra pesquisada, parece não comprometer o desempenho nesse teste.

CASTRO, RIBEIRO e REZENDE (2010)
Objetivo: Analisar a interferência do trata- mento fisioterapêutico na dor, e a interferência da dor no desempenho funcional dos pacientes portadores de lombalgia ou lombociatalgia.

Amostra: 30 indivíduos com idade entre de 20 a 70 anos devidamente diagnosticados pelo médico. Dos 30 pacien- tes avaliados somente 26 completaram a pesquisa. Desses 26 pacientes, que partici- param da pesquisa 3 (11,54%) do sexo masculino e 23 (88,46%) do sexo feminino.
Intervenção: 10 sessões de fisioterapia, com 50 minutos cada.

Mediu: Comparar os resultados encontrados no questionário de Roland-Morris e da Escala Visual Analógica de Dor (EVA) antes e depois de 10 sessões do tratamento fisioterápico. Os procedimentos selecionados foram eletroterapia, termoterapia, cinesioterapia e orientações posturais.
1 - Das hipóteses diagnósticas 16 (61,55%) eram lombalgia e 10 (38,47%) lombociatalgia.

2 - Tanto na análise do questionário de Roland – Morris, como na avaliação da dor, pela Escala Visual Analógica (EVA) todos os pacientes apresentaram melhora estatística após 10 sessões de fisioterapia.
MIRANDA e MORAIS (2009)
Objetivo: verificar se existem modificações na composição corporal e na flexibilidade de praticantes do Método Pilates.

Amostra: 2 indivíduos do gênero feminino, saudáveis, comidades de 20 e 25 anos,
Intervenção: 24sessões, durante aproximadamente 2 meses.

Mediu: foram avaliadasatravés da bioimpedância e de testes deflexibilidade, antes e após serem submetidasao Método Pilates.
1 - Analisando os resultados das bioimpedânciasverificou-se que não houve diferenças significativas entre as realizadas antes e após as sessões

2 - Já em relação à flexibilidade, houve um aumento desta nas duas participantes.
TIBÚRCIO et al (2008)
Objetivo: avaliar a qualidade de vida através da aplicação do questionário SF-36 (Short Form Health Survey), em pacientes com lombalgia crônica antes e após terem frequentado um programa de exercícios de estabilização central.


Amostra: 11 pacientes com diagnóstico clínico de lombalgia crônica
Intervenção: o tempo de intervenção não foi apresentado pelos autores.

Mediu: Através de exercícios de estabilização central (constituídos de exercícios estáticos e dinâmicos de estabilização que buscam o equilíbrio muscular do complexo lombo-pelve-quadril) buscou-se melhorara a qualidade de vida dos pacientes que apresentam alombalgia.
1- Observou-se que os domínios dor, capacidade funcional, saúde mental, e estado geral de saúde apresentaram tendência favorável quando confrontados os resultados antes e depois dos exercícios de estabilização central.

2- O programa de exercícios de estabilização central mostrou-se efetivo na melhora da qualidade de vida dos indivíduos com lombalgia crônica em relação à limitação por aspectos físicos.

                No estudo “A Influência do Método Pilates no fortalecimento do assoalho pélvico”, foi possível confirmar que as voluntárias atingiram um bom resultado tanto relacionado ao tempo mínimo de sustentação, quanto a não apresentação da diminuição de força muscular do assoalho pélvico. Outro resultado relevante é que as mulheres praticantes de Pilates ou de qualquer outra atividade físicaobtiveram maior força ao compará-las as que não praticavam exercícios físicos (ANDREAZZA e SERRA, 2011).
                No estudo “Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates” que objetivava avaliar o efeito do método Pilates sobre a função de extensores e flexores do tronco, concluiu-se que foi apresentado o aumento da função dos extensores, foi observado um discreto aumento nos músculos flexores e, por fim, ao se analisar a razão flexor/extensor, detectou-se uma redução relevante em relação aos índices observados no pré-treinamento. Outro fator relevante observado neste estudo foi que o método Pilates (em todos os níveis) tem sido eficiente para se conseguir um aumento do pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total dos músculos relacionados à extensão do tronco. Isso demonstra que tais resultados comprovam que esse método de treinamento deve ser utilizado como meio para o fortalecimento da musculatura da extensão e flexão do tronco (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).
FERREIRA et al (2007) ao analisar “a influência do método Pilates sobre a resistência de força na flexão de braço e em exercício abdominal em mulheres submetidas a uma intervenção de nove semanas”, concluiu que foi possível verificar uma melhora relevante entre o pré e o pós-teste, confirmando que o Método Pilates é um importante aliado quando se procura melhorar a saúde e se quer aumentar a resistência de força dos músculos abdominais.
                Na pesquisa sobre “Avaliação do papel dos músculos glúteo máximo e reto abdominal na função estabilizadora de tronco e quadril em diferentes exercícios em quadrupedia do Método Pilates”, que objetivou avaliar e comparar os padrões eletromiográficos de glúteo máximo e reto abdominal em 4 variações dos “knee stretch”, concluiu-se que no exercício que se relaciona a pelve em retroversão e tronco em flexão, em comparação aos outros, identificou-se uma atividade importante maior de glúteo máximo nas fases de extensão e flexão de quadril e de reto abdominal na fase de flexão de quadril. Outra conclusão importante foi à existênciade uma atividade maior no glúteo máximo nas fases de extensão e flexão de quadril e reto abdominal na fase de flexão do quadril. Desta forma, pode-se observar que o Método Pilates apresenta vários exercícios de estabilização, como os “knee stretch” realizados em quadrupedia no “reformer” que buscam aumentar a resistência por meio de molas. Estes exercícios são clinicamente recomendados justamente por conseguirem desafiar o controle do tronco e da pelve, permitindo o treinamento dos músculos do tronco e também do glúteo máximo (CAGLIARI et al, 2008).
                Na pesquisa sobre o “Efecto del método Pilates sobre la flexibilidade y la fuerza y resistencia muscular” que procurava analisar o efeito da aplicação do Método Pilates ao se utilizar os exercícios no solo e na máquina reformista, concluiu-se que ao se tratar da força muscular, não foi possível encontrar estudos capazes de fornecer informações plausíveis sobre o benefício com a prática do Pilates, também não sendo possível comprovar através de estudos existentes.
                Quanto à resistência, observou-se que houve um aumento na quantidade de flexões realizadas no final do processo e a flexibilidade foi notória em todos os grupos analisados (PÉREZ, CARMONA e RODRÍGUEZ, 2010).
CARVALHO et al (2009) ao estudar “A influência dos exercícios do método Pilates na flexibilidade de mulheres” através dos exercícios de Pilates, notou que o desempenho apresentado na flexibilidade pelos grupos pode ser classificado como excelente, acima da média, na média e abaixo da média, a melhor significância demonstrada com a pesquisa foi na flexibilidade de troncoe o método Pilates, mais uma vez, mostrou-se eficiente para se conseguir uma maior flexibilidade de tronco, principalmente, em mulheres idosas. Este resultado demonstra queo Pilates é capaz de retardarou até minimizam os efeitos da retrogênese.
                Um fato que não deve ser deixado de lado é o grau de satisfação com a imagem corporal das pessoas praticantes de Pilates. Uma pesquisa realizada por ALVES et al (2009), buscou analisar o perfil antropométrico de praticantes de Pilates, destacando o Índice de Massa Corporal (IMC), a porcentagem de gordura e o relacionamento com a auto percepção da imagem corporal. Com isso, foi possível observar que a maioria das mulheres praticantes de Pilates está com excesso de peso e percentual de gordura acima do recomendado, e esses valores podem relacionar-se a grande insatisfação com a própria imagem corporal, pois elas, geralmente, almejam ter um corpo magro (que é considerado padrão de beleza) e esse fator se torna determinante para dar início à prática de uma atividade física.
                Ao analisar o texto “Relação entre índice cintura-quadril e teste de resistência/força abdominal de 1 minuto”, percebe-se que esse trabalho não se relaciona a prática do método Pilates, mas através dele, percebe-se que ao se coletar o peso (P), a estatura (E), a circunferência abdominal (CA) e as dobras cutâneas do bíceps (DCB), tríceps (DCT), subescapular (DCSE) e supra ilíaca (DCSI) nem sempre se consegue indicar a fraca correlação entre ICQ e TAD (r = 0,13). Esse fatodemonstra que a quantidade de gordura localizada na região abdominal de muitas pessoas que participaram da pesquisa parece não comprometer o desempenho nesse tipo de teste (PAIXÃO, JUNIOR e NUNES, 2009).
                O trabalho “Análise comparativa das condições dolorosas e funcionais em pacientes com lombalgia ou lombociatalgia durante tratamento fisioterápico” produzido por (CASTRO, RIBEIRO e REZENDE, 2010), busca analisar a interferência do tratamento fisioterapêutico na dor, e a interferência da dor no desempenho funcional dos pacientes portadores de lombalgia ou lombociatalgia. Através dessa pesquisa, concluiu-se que 16 pacientes (61,55%) apresentaram lombalgia e 10 (38,47%) lombociatalgia e que tanto na análise do questionário de Roland – Morris, como na avaliação da dor, pela Escala Visual Analógica (EVA) obteve-se a melhora de todos pacientes após realizarem 10 sessões fisioterapia.
                Alguns dos procedimentos adotados para a recuperação, como cinesioterapia (alongamento e fortalecimento muscular) e as orientações posturais podem ser reforçadas nas aulas de Pilates, pois os exercícios adotados nessa análise são os de alongamento e fortalecimento de todas as estruturas que se relacionam a lombar, alongamento dos membros inferiores, os músculos do quadrado lombar, entre outros. (CASTRO, RIBEIRO e REZENDE, 2010)
                Outra análise relevante foi “Efeitos do Método Pilates sobre a composição corporal e flexibilidade” que buscou comprovar se realmente existem modificações na composição corporal e na flexibilidade de praticantes de tal método.Concluiu-se que os resultados obtidos nas bioimpedâncias confirmaram que não houve diferenças relevantes entre as realizadas antes e após as sessões e ao se analisar a flexibilidade, percebeu-se que teve um aumento desta nas duas participantes da pesquisa. Essa comprovação reafirma que a prática do Pilates se mostra como uma boa atividade para a melhora dos condicionamentos do corpo humano. (MIRANDA e MORAIS, 2009)
                Por fim, apresentou-se no quadro acima a pesquisa realizada por TIBÚRCIO et al (2008), que objetivou avaliar a qualidade de vida através do questionário SF-36 em pacientes que apresentavam a lombalgia crônica. O resultado obtido foi que todos os problemas relacionados à dor apresentaram resultados favoráveis ao relacioná-los aos encontrados antes do tratamento e o programa de estabilização central é um método eficaz para se conseguir uma melhor qualidade de vida.

Análise dos artigos de revisão sistemática

               
                As pesquisas aproveitadas neste trabalho não se focam somente aos trabalhos de campo. Utilizaram-se como fundamentação teórica, trabalhos de revisão sistemática para que se possa, por fim, engrandecer tudo que se entende por fortalecimento dos músculos abdominais.
                Ao se entrar em uma academia é fácil notar técnicas mal construídas, má postura e falta de padrão nos movimentos, mas o maior erro se vê nos condicionamentos dos músculos abdominais, pois muitas pessoas se preocupam em obter o tanquinho perfeito, ou ter uma cintura fina, mas acabam gastando tempo e energia, além de prejudicar a coluna lombar (CRAIG, 2004).
                Em “Equilíbrio corporal e exercícios físicos: uma revisão sistemática” objetivou-se identificar os declínios funcionais a massa muscular ou os sistemas sensoriais que pode se relacionar à idade. Esta pesquisa tinha como público alvo, os idosos que são os que mais apresentam problemas de equilíbrio ou instabilidade postural. Com isso, tentou-se identificar a influência dos programas físicos que auxiliam no equilíbrio corporal (MANN et al, 2009).
                O Método Pilates é um dos mais indicados para prevenir as dores na coluna. Com ele é possível, também, melhorar a respiração, o alinhamento postural e o alongamento da musculatura. A pesquisa “O efeito do método Pilates na lombalgia crônica: uma revisão de literatura” buscou focar seu estudo nos músculos que estão ajudam a manter a postura correta para dar melhor suporte à coluna. Concluiu-se que além de todos os benefícios observados acima, também foi possível, através do Método Pilates, melhorar a concentração, a coordenação motora e a consciência corporal (MODOLO et al, 2007).
                Continuando na linha de pesquisa sobre as dores lombares, encontrou-se o estudo “Dor lombar e exercício físico. Uma revisão”. Tal estudo mostra que a prática de exercícios físicos e terapias são as formas mais indicadas para a melhora da dor lombar. Busca-se, através de uma revisão bibliográfica, identificar quais exercícios são mais aconselhados para melhora esses sintomas. Observou-se que a prática regular de atividades físicas para região do cinturão pélvico é fundamental para a prevenção e redução das dores lombares (KLEINPAUL et al, 2008).
Outro fator relevante é a utilização do método pilates para a reabilitação. O referencial teórico utilizado mostrou que o processo de reabilitação através do método de Pilates pode ser utilizado em diferentes populações e para diferentes sintomas, até mesmo a lombalgia, correção da postura, ganho de massa óssea e de força após o período pós-operatório (SIVA e MANNRICH, 2009).
                Também direcionado às dores na coluna, temos o trabalho realizado por GOUVEIA e GOUVEIA (2008), que observa a relação do músculo transverso do abdômen e a estabilização da lombar. A conclusão obtida pelos autores foi que o músculo transverso apresenta outras funções quando o relacionamos à respiração em associação aos músculos pélvicos. Foi, mais uma vez observado, que o músculo transverso abdominal é um estabilizador da coluna lombar e se faz necessário realizar um treinamento mais específico para que se possa evitar a lombalgia.
                Um dos grandes problemas que vem se agravando devido ao sedentarismo no mundo são as doenças ósteo-mio-articulares que se inclui a escoliose. Muitas pesquisas foram realizadas, porém ainda não é possível afirmar quais são todas as causas dessa doença, só sabe-se que seu agravamento está associado à inatividade física. Os exercícios físicos são fundamentais na estabilização dos sintomas da escoliose. A partir deles é possível impedir que tal doença seja agravada, assim como pode proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus portadores (RAIOL, RAIOL, 2010).
                São indiscutíveis os benefícios conquistados a partir da prática das atividades físicas, pois com ela consegue-se adquirir um estilo de vida ativo e melhor, embora, ultimamente, tem-se visto algumas pesquisas que demonstram a necessidade de um treinamento contra resistência para se conquistar uma melhor aptidão muscular e a melhora no metabolismo e na função cardiovascular. Como método eficaz considerou-se o Pilates, pois além de proporcionar todos os benefícios procurados, consegue-se, também, o bem-estar do praticante (PIRES e SÁ, 2005), o aumento da flexibilidade, maior controle muscular, melhor capacidade respiratória, sem falar que ele, também, auxilia no alongamento, tonificação, definição da musculatura, dentre outros (MARCHESONI et al, 2010).


Alguns exercícios indicados para o fortalecimento dos músculos abdominais:

A partir do Método Pilates consegue-se um método de condicionamento físico que integra o corpo e a mente, ampliando a capacidade de movimentos, aumentando o controle, a força, o equilíbrio muscular e a consciência corporal.
                Sabe-se que para se praticar o Pilates existem dois tipos de atividades: as que são realizadas no solo, que são feitos no chão com o auxílio de um colchonete - deitado, sentado ou em pé e os exercícios realizados em aparelhos que são feitos com os aparelhos criados por Joseph Pilates, os quais utilizam molas, que assistem e resistem aos movimentos (CAMARÃO, 2004).
                De acordo com estudos, confirmou-se que o método original era direcionado a retificação da coluna, contração do abdômen, dos glúteos e do assoalho pélvico, mais conhecido por power house (casa do poder), pois todo movimento deve sair do abdômen (CAMARÃO, 2004).
Os princípios de Joseph Pilates se resumem no relaxamento, concentração, alinhamento, respiração, coordenação e resistência (CAMARÃ0, 2004).
                No aquecimento pode-se começar a trabalhar os músculos abdominais para que se consiga, ao iniciar os exercícios de Pilates com mais facilidade e segurança. Para se iniciar o aquecimento indicam-se os exercícios de respiração (breathing), movimento pélvico (imprinting and release), liberação do quadril (hip release), gato (cat) e rolamento do quadril (hip rolls) (CAMARÃO, 2004).
Após realizar o aquecimento adequado, iniciam-se, então, alguns exercícios direcionados aos praticantes dos níveis básico, intermediário e avançado.
Exercícios para o nível básico: cem (hundred), rolamento parcial para trás (half roll back), enrolar (roll up), rolando com bola (rolling like a ball), alongamento com uma perna (single leg strech), cruzando (criss-cross), tesoura (scissors), preparação para ponte (shoulder bridge prep), preparação para rolamento (roll over prep), de bruços com calcanhares unidos (hell squeeze prone), preparação para chutar com uma perna (single leg kick prep), preparação para nado de peito (breast stroke prep), reparação para a puxada de pescoço (neck pull prep), rolamento para trás (obliques roll back) e foca (seal).
Exercícios para o nível intermediário: duplo alongamento de pernas (double leg strech), ponte (shoulder bridge, rolamento (roll over), balançar com as pernas afastadas (open leg rocker), puxada de pescoço (neck pull), canivete (jack knife), chute duplo (double leg kick), série posição em “V” (teaser series), nadando (swimming) e rotação do quadril (hip twist).
Exercícios para o nível avançado: tesoura (Scissors), bicicleta (bicycle), serie posição em “V” (teaser series), flexão da perna (leg pull-up), saca-rolha (corkscrew), rotação (twist) e bumerangue (boomerang).
                Outra atividade que vem chamando bastante atenção é a prática dos exercícios com bola. O desafio proporcionado pelas atividades com bola chama a atenção de homens e mulheres, pois através dessa prática é possível tirar o tédio dos exercícios praticados no dia-a-dia, além de quebrar padrões de movimentos já existentes. Essa atividade ajuda os praticantes a equilibrar os músculos e trabalhar os lados fortes e fracos do corpo humano. (CRAIG, 2004)
                A prática do exercício com bola adicionará uma baixa resistência a cada exercício. Com isso, se consegueconstruir longos músculos magros e aliviar o estresse rotineiro. Consegue-se também com a prática do salto com bola aumentar a aptidão cardiovascular, corrigir postura, equilibrar o corpo e perder peso de uma maneira segura e divertida (CRAIG, 2004).
É possível contrabalancear o uso de grandes músculos superficiais com os profundos e pequenos músculos de resistência, pois em Pilates com a Bola utiliza-se todo o corpo inteiro e isso auxilia em manter a força interior.
                A prática do Pilates com bola tem como objetivo ligar a mente ao corpo, iniciando por ter um tempo para si mesmo e um lugar calmo para ajudar a se concentrar no exercício. A respiração correta é fundamental para esse exercício – ela ajuda a relaxar e faz com que os movimentos fiquem mais fáceis.Outro objetivo é alinha o corpo,isolar e treinar profundamente os músculos posturais e fortalecer o tronco sem prejudicar o corpo (CRAIG, 2004).
                A vantagem de se realizar um exercício com bola é que ela éleve, portátil, durável e barata. Praticar uma atividade com a bola requer equilíbrio e força de alguns músculos. Esses exercícios são recomendados na recuperação de habilidades motoras, elevação da percepção sensorial e intensificador do desempenho atlético. Além de aumentar a velocidade do exercício e diminuir a superfície de apoio (CRAIG, 2004).
Alguns exercícios de alongamento são recomendados com a utilização da bola, como: serrote, contração, rotação da coluna e sereia.
Sabe-se que três músculos abdominais trabalham com os músculos pequenos da coluna e com o grupo do eretor da espinha para construir o centro de força. A responsabilidade de flexionar o tronco e puxar as costelas em direção à pélvis é do músculo reto do abdômen, que, juntamente com os outros músculos abdominais, desempenha o papel postural. O grupo muscular estabilizador da coluna lombar (músculos transversos) diminui a parede abdominal, e são associados à prevenção das conhecidas dores lombares crônicas.
Os músculos oblíquos externo e interno são conhecidos como “cinturão natural”, pois eles contornam o corpo como se tivessem o formato de uma folha. Esses músculos também são responsáveis pela flexão lateral e pela rotação da coluna. A debilitação de qualquer um desses músculos abdominais afetará a estabilidade da coluna lombar, podendo causar dor (CRAIG, 2004).
A prática do Pilates com Bola e outros sistemas de exercícios holísticos envolvendo corpo e mente, auxiliam no reaprendizado de como utilizar de maneira correta os músculos abdominais e os músculos hipertensos de controle, para isso, existem alguns exercícios que são realizados com bola, como: abdome contraído, abdominal curto, abdominal completo (caracol), cachoeira, rolamentos, rolando como bola, alongando uma perna, alongando ambas as pernas, oblíquos, impulsão das pernas, alguns exercícios de extensão do tronco, gafanhoto, flexão e extensão, equilibrando a bola e pico.
Os exercícios com bola também podem ser divididos em: atividades básicas, intermediárias e avançadas.
Nível básico: abdome contraído, abdominal curto com a bola pequena, abdominal com meio rolamento, braços elevados e quadril e joelhos flexionados em 90 graus, extensões com a bola pequena, meio rolamento – abdominal excêntrico, rolando com uma bola, extensão e elevação com bola, rotação do tronco, exercício lateral com a bola pequena, deslizamento dos quadris com bola pequena, rolamento dos quadris com extensão de joelho, abdominais curtos com bola pequena, cachoeira, abdominal curto com bola grande, caminhando para cima e para baixo, rolando de um lado para o outro e equilibrando a bola.
Nível intermediário: levantamento de joelhos estabilizando os exercícios com bola pequena, rolamento completo, extensão dos joelhos, rolamento com a coluna, abaixe e levante, flexão de quadril e bicicleta, rotação do tronco, círculos com as pernas, bicicleta e tesoura no ar, sobre os cotovelos, coxas e tornozelos contraídos na posição “cisne”, flexione e estenda os joelhos, abdominal invertido, levantamento de quadril, extensão do tronco de joelhos, inclinação lateral, abdominais laterais, concha lateral com chute, arabesque, equilíbrio na “mesinha” e expandindo o tórax.
Nível avançado: oposição mãos e pés, o cem, rolamento, saca-rolha, ponte lateral com bola pequena, bumerangue, extensão de tronco com balanço, tesouras, teaser, flexão lateral e rotação, prancha lateral com rotação, pico, concha com uma perna, levantamento lateral ajoelhado, estrela, ports de bras, prancha com as mãos na bola e joelhos sobre a bola.

Conclusão
                É necessário que haja mais interesse e investimento em pesquisas para se entender um pouco mais da prática do Pilates para o fortalecimento dos músculos abdominais, pois só assim, será possível evitar graves problemas como a lombalgia, agravamento da escoliose ou enfraquecimento do assoalho pélvico.
                Através dessa pesquisa, observou-se que a prática do Pilates é uma atividade que pode ser voltada tanto por homens, quanto para mulheres desconsiderando a idade ou o peso. É possível, com ela, estabelecer atividades para os níveis básicos, intermediários e avançados, para que não seja uma atividade somente indicada para aliviar as dores, mas que se torne uma prática voltada ao lazer e ao bem-estar de todos os praticantes.

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Disponível em: pricillaoggioni.com.br

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